Arquitetura de capital
Arquitetura de capital

Rio de Janeiro: Capital mundial da arquitetura (Pode 2024)

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Anonim

Capital, em arquitetura, membro de coroação de uma coluna, cais, anta, pilastra ou outra forma colunar, fornecendo um suporte estrutural para o membro horizontal (entablamento) ou arco acima. Nos estilos Clássicos, a capital é o membro da arquitetura que mais facilmente distingue a ordem.

Duas formas simples da capital são um bloco quadrado de madeira chamado ábaco, colocado no topo de um poste, e um bloco oblongo chamado boleto, definido com suas maiores dimensões paralelas à viga acima. Moldar as extremidades de tais blocos produz uma forma de capital que se espalha lateralmente, que pode ser elaborada pela multiplicação de peças, adição de molduras e ornamentação com formas florais, zoomórficas ou abstratas.

Capitais primitivas de ábaco eram conhecidas no Egito e na Mesopotâmia, e dois tipos de capitéis simples de pedra foram encontrados no complexo de pirâmides escalonadas em Saqqārah (c. 2890 a c. 2686 aC). Um deles, com a forma de uma sela, sugere juncos ou folhas dobrados; o outro, um sino virado para cima, deriva da planta de papiro. Mais tarde, a arquitetura egípcia usou capitéis derivados de formas vegetais, como palmeiras e lótus, além de formas antropomórficas e formas simples de ábaco. Capitais de voluta eram conhecidas na arquitetura hitita na Anatólia e na Mesopotâmia, já em 870 aC. Capitais muito elaboradas foram criadas na Pérsia Aquemênida.

Três formas amplamente utilizadas da capital foram criadas pelos gregos. A capital dórica consiste em um ábaco quadrado que encima uma forma redonda com um perfil em forma de ovo chamado echinus, abaixo do qual existem várias molduras estreitas e semelhantes a sulcos que ligam a capital à coluna. A capital jônica - provavelmente relacionada às capitais das volutas do oeste da Ásia - tem um desenho tripartido, consistindo em um par de volutas conectadas horizontalmente inseridas entre o ábaco e o equino. A capital coríntia é basicamente um ábaco apoiado em um sino invertido cercado por fileiras de folhas estilizadas de acanto. Os romanos acrescentaram a capital toscana, uma forma modificada do dórico, e a capital composta, que combinava volutas jônicas com a forma de sino coríntio.

As capitais islâmicas, seguindo o requisito não representacional da estética muçulmana, usavam formas principalmente abstratas derivadas da repetição de pequenas molduras e multiplicação de arcos em miniatura. Alguma forma de capital entre parênteses e uma capital em forma de sino decorada com motivos de lótus foram usadas com mais frequência na Índia, China e Japão.

O design de capitais na Europa medieval geralmente se originava de fontes romanas. As capitulares cubiformes, ou almofadadas, quadradas no topo e arredondadas na parte inferior, serviam como formas de transição entre a mola angular dos arcos e as colunas redondas que os sustentavam. Animais grotescos, pássaros e outros motivos figurativos caracterizam as capitais do período românico. No início do período gótico, características exóticas tendiam a desaparecer em favor de folhagens estilizadas simples, fendas e molduras geométricas, particularmente na França e na Inglaterra. Durante a Idade Média, a ênfase nas colunas agrupadas e nos cais compostos, que subiram em uma linha ininterrupta para altos cofres, tendeu a diminuir a importância da capital.